Dando um passo de cada vez se sobe a ladeira. Especialmente as ladeiras mais íngremes. Dizem que assim também se chega ao topo do Himalaia. O importante é não ter pressa e perseverar.
São dois ensinamentos das ladeiras sobre o tempo: calma e perseverança. Diante de uma ladeira como essa, vá subindo devagar. Quando se cansar pode dar uma paradinha, levantar a cabeça para respirar e admirar a paisagem. Ou, quem sabe encontrar um amigo, um vizinho, para um "dedo de prosa" sobre a família, os filhos, a viagem do último final de semana, uma receita nova de bolo para ensinar à comadre e ao compadre.
São dois ensinamentos das ladeiras sobre o tempo: calma e perseverança. Diante de uma ladeira como essa, vá subindo devagar. Quando se cansar pode dar uma paradinha, levantar a cabeça para respirar e admirar a paisagem. Ou, quem sabe encontrar um amigo, um vizinho, para um "dedo de prosa" sobre a família, os filhos, a viagem do último final de semana, uma receita nova de bolo para ensinar à comadre e ao compadre.
Nas ladeiras da nova cidade do Theo há muito a aprender sobre o tempo. Como, por exemplo, aprender sobre o prazer de escolher o pé de alface que tem as folhas mais perfeitas e tenras, uns dois quilos de tomate para o molho, um saco inteiro de laranjas para passar a semana inteira fazendo e tomando suco fresco de manhã.
Tanta novidade pode assustar os que não estão acostumados a fazer a massa e a assar o pão-de-queijo para, só então, coar o café e sentar para o lanche da tarde. Isso pode representar umas duas horas de entretenimento criativo, de pensamento profundo sobre a vida, de invenção de causos e coisas que ainda não foram inventadas por ninguém.
Algo engraçado que Theo percebeu, após viver em sua nova cidade, é que as pessoas que estão sempre ocupadas, sem tempo de ficar à toa, acabam esquecendo como é que se faz para imaginar coisas. É preciso ficar à toa para inventar. Esse é o segredo.
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