Aqui do lado, o que você vê é uma bela pitangueira. A árvore está grande e frondosa. Debaixo dessa pitangueira, que possui, talvez, milhões de folhinhas miúdas, faz uma sombra deliciosa nesse dia quente do final do verão de 2010. A árvore da pitangueira está misturada a várias outras plantas, como se pode ver, e já faz muito tempo que escapou por cima do muro desse fundo de quintal. Quando a fotografei em Ouro Preto no mês de Março, ela ainda tinha pitangas madurinhas para se comer.
Eu adoro pitangas. Além de bonitas, as pitangas têm um sabor especial e diferente de todas as outras frutas. Essa pitangueira frondosa está nos fundos de um dos poucos quintais que sobraram na cidade de Ouro Preto. É realmente uma pena os quintais terem desaparecido das cidades. Até mesmo das cidades menores os quintais estão desaparecendo, porque já ninguém mais têm tempo de cultivar aquilo que come. É preciso cultivar pelo menos uma das coisas que comemos, para saber o valor que os alimentos podem ter.
Em Ouro Preto os quintais foram muito importantes e ajudaram a acabar com a fome de muita gente. Além do mais, comida de quintal é uma delícia. Imagine você ter vontade de fazer uma salada de alface, tomates e pepino e, ao invés de abrir a geladeira, correr até o quintal e colher as plantas fresquinhas para comer. É bem melhor, nem duvide disso. Outra coisa boa de imaginar é o lanche da tarde em cima da pitangueira, ou então em cima da mangueira que aparece nesse outro quintal de Ouro Preto aqui ao lado. A mangueira também é uma árvore frondosa com inúmeras folhas, que veio da Índia para o Brasil e aqui vive muito bem adaptada. Quase todos os quintais brasileiros têm mangueira.
Os quintais também podem ser como uma farmácia, pois lá se pode plantar ervas boas para fazer chás, implastos, unguentos, xaropes e outras poções curativas muito utilizadas por nossas avós.
O quintal da avó é uma das grandes descobertas de Theo.
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